O tempo cronológico e o tempo intuitivo

Viver pelo sentir: o tempo que não cabe no relógio

tempo de leitura 6 minutos. 709 palavras

Oi, menininha👧


Hoje, enquanto dirigia, me dei conta de algo que talvez você também sinta, mas ainda não tenha nomeado: viver pelo sentir faz falta.


Meu corpo estava ali, no carro. No entanto, eu não estava comigo.

A mente seguia num ritmo só dela — pensava no que faltava, no que viria, no que precisava ser feito.E foi nesse instante que algo sussurrou dentro de mim:

Talvez o que falta não seja tempo.
Talvez o que falte seja estar dentro do tempo.
E talvez, no fundo, tudo o que você esteja buscando seja isso: viver pelo sentir.


“Será que a vida não está mais para o sentir do que para o controlar?”


⏱️ Viver pelo sentir é voltar ao tempo da alma

A gente aprendeu a viver pelo relógio cronológico.
Ele mede tudo com exatidão: horas, compromissos, prazos, dias, meses, anos.
E, com isso, vem uma sensação quase confortável — a de que estamos no controle.

Mas hoje eu quero te mostrar outra versão de tempo.

Existe um tempo que não se restringe à agenda.
Um tempo que não dá pra medir.
Ele se baseia em sentir. Em perceber os detalhes que passam despercebidos quando tudo está corrido.

Esse tempo não segue números, nem alarmes.
Ele vive no corpo, pulsa e sussura.

Justamente por isso ele pode parecer perigoso.
Porque ele não oferece garantias.
Não cumpre planilhas.
Não tem lógica de produtividade.

Às vezes, esse tempo vai te pedir pausa — bem no meio do caos.
E isso, de certa forma, assusta.
Gera dúvida. Insegurança. Resistência

Afinal, como seria viver o oposto do controle?

De um lado, temos o relógio cronológico, que organiza e conta cada detalhe do seu dia.
Ele te ajuda a cumprir metas, tarefas, objetivos.
Mas também te coloca para correr — de um lado para o outro, como quem vive só para dar conta.

Do outro lado, existe um relógio intuitivo.
Ele desorganiza certezas.
Coloca perguntas onde só havia prazos.
Traz convites onde antes só havia obrigações.

E, de repente, você escuta algo diferente.
Uma voz mais baixa. Mais sua:

Agora, pare.
Isso está demais.
Respira.

sua voz


👵🏽 Nossas mães sabiam disso (sem chamar assim)

Às vezes eu penso em nossas mães e avós.

Lembro da minha mãe cantando uma música que acompanhava no rádio, era ela começar a cantar eu sabia dentro de mim que a comida ia ficar maravilhosa.


Elas não tinham aplicativos, planners ou alarmes digitais.
Elas sabiam quando tirar o bolo do forno só pelo cheiro.
Sentiam o momento de desligar o fogão.
E organizavam a rotina ao som do rádio e da intuição.

Talvez elas não tivessem mais tempo —
porém, tinham menos distrações.
Tinham mais silêncio.
Mais corpo presente.
Assim, viviam com mais conexão e sabedoria prática.

O objetivo de te falar sobre este assunto é abrir uma nova forma de pensar e trazer o equilibrio entre o dois relógios e reduzir os estímulos para que você se ache e se permita.


📱 O tempo que temos e o tempo que perdemos

Hoje temos muitas ferramentas, mas pouca escuta.
Muitos estímulos, mas pouca pausa.
Dessa forma, vivemos distraídas demais para ouvir a nós mesmas.

E a verdade é que, sem perceber, viramos robôs do próprio cronograma.
Organizadas, mas ansiosas.
Capazes, mas exaustas.
Conectadas, mas ausentes.

Viver pelo sentir é voltar a ser presença no que se faz.
Portanto, não é sobre fazer menos — é sobre estar mais inteira.

É também sobre ter mais tempo pra você e entender que isso importa e é necessário.


🌱 O tempo da alma ainda está aí

Esse lugar mora em você.
Ele tem cheiro de fruta fresca, panela no fogo e silêncio bom.
Você nasceu nele.
E, em vez de se afastar, pode aprender a voltar.

Não desejo implantar a ideia de que você precisa largar tudo, mas quero que você saiba que
basta pequenos gestos simbólicos:

– Respirar com intenção.
– Comer sentindo o gosto da comida e apreciar a beleza dela.
– Andar descalça.
– Dormir sem celular por perto.


✨ Uma pergunta pra deixar ecoando

E se, em vez de correr para dar conta, você criasse espaço para se escutar entre uma tarefa e outra?

Talvez o que falta não seja tempo.
Talvez o que falte seja estar dentro do tempo.

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Uma resposta para “Viver pelo sentir: o tempo que não cabe no relógio”

  1. […] 📎 Leia também: O tempo intuitivo e o tempo cronológico […]

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