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O que significa cuidar do ser social?
Oi, menininha 👧
Quando falamos em cuidar do ser social, estamos falando de algo que pulsa lá no fundo da alma.
Um aspecto muitas vezes ignorado no meio da correria do dia a dia.
Vivemos anestesiadas, buscando produtividade, metas e fuga do que sentimos.
No entanto, existe uma parte em nós que deseja profundidade, vínculos verdadeiros e trocas que deixem marca.
O ser social é aquele que colore a forma como enxergamos a vida.
Sem exageros, mas com ternura.
Ele sustenta as memórias do que verdadeiramente importa, e nos afasta da rigidez dos prazos e da superficialidade das metas, abrindo espaço para um olhar mais presente — onde o ser não se resume ao fazer, mas se revela no sentir.
É esse lado nosso que transforma o cotidiano em lembrança boa, e a rotina em história contada com afeto.
O ser social vive nos detalhes
Aposto que você também tem cheiros, sabores e toques que ficaram marcados no tempo.
O cheirinho de comida que anuncia cuidado. Talvez o perfume suave de alguém que te inspirou. Ou o abraço que chegou na hora certa e te disse: você não está sozinha.
Eu, por exemplo, amo o arroz e feijão da minha tia Nilza. É inigualável. Só de lembrar, sinto o sabor da simplicidade. O arroz dela me lembra dias leves, conversas bobas e risadas soltas. Lá eu sou só eu. Me sinto em casa. Me sinto amada. Me sinto aceita.
A vida adulta, infelizmente, cronometrando afetos e silêncios, nos puxa para longe disso, mas mesmo nas brechas, ainda dá pra guardar amor e viver momentos assim no pouco diário.
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Por que cuidar do ser social é urgente?
Será que a rotina corrida tem nos impedido de praticar o ser social?
O ser social é feito do que permanece, mesmo quando tudo corre lá fora. Ele não vive em metas. Não segue planilhas. Ele está no invisível:
- No abraço que ainda aquece
- No bilhete esquecido no armário
- No cheiro de bolo que lembra casa
- No nome que a gente chamava quando sentia medo
Essas são memórias vivas. E é nelas que a gente repousa quando o mundo julga ou critica.
Cuidar do ser social é cuidar da mulher que você vai lembrar ser
Dentro da rotina existe um coração que sente. E o afeto, quando nutrido, vira vínculo.
Não se trata de ser sociável ou estar sempre rodeada de gente. Cuidar do ser social é pertencer afetivamente a si mesma.
É a partir desse pertencimento que a gente cria laços de verdade. Tanto que o segundo mandamento já dizia:
Amarás teu próximo como a ti mesmo
Mateus 22:39
E não é por acaso que essa ordem começa com o amor-próprio.
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O que você tem cultivado para lembrar?
A gente fala tanto sobre empatia, vínculos, presença… mas será que pratica isso dentro de casa? Dentro da gente?
Como ser um ser social saudável se o que vivemos é um ciclo de doação sem retorno, exaustão constante e cansaço normalizado?
É comum se sentir sugada, porém é preciso que você acredite que isso não é normal.
Cuidar do ser social não tem nada a ver com estar sempre disponível para o outro, tem a ver com estar disponível primeiro para si.
Antes de tudo é importante você saber seus limites e honrar seus espaços internos.
- É se pertencer antes de pertencer ao mundo.
- É se aprovar com gentileza antes de buscar aprovação no olhar alheio.
- É criar vínculos, sim — mas a partir da inteireza, não da falta.
Freud dizia que os outros são nossos espelhos. 🪞
E talvez tantas relações doam porque mostram o que a gente ainda não aprendeu a cuidar.
E voccê pode se deparar com estas 2 opções
A Primeira – se afastar, ou destruir (criticar, julgar, controlar) a si ou ao outro porque você tinha um desejo e ele foi frustrado.
A Segunda – você pode ser responsável e usar o espelho para se lapidar a partir daquilo que te incomoda no outro.
Se só restassem 7 minutos, o que sua memória mostraria?
O olhar que a gente mais precisa não é o de fora. É o nosso. É o seu sobre si mesma.
É o olhar que reconhece, valida e cuida. Porque só quem se enxerga com afeto é capaz de enxergar o outro com verdade.
Um estudo publicado na Frontiers in Aging Neuroscience revelou que, nos segundos finais antes da morte, o cérebro ativa memórias marcantes — como se revisitasse os capítulos mais importantes da vida, um a um.
E talvez o filme que você assista não seja o que você produziu, mas o que você sentiu.
Quem você amou e como foi amada, o que você fez por si durante essa breve vida que estão com os dias contados.
Por isso, cuidar do ser social é plantar agora as memórias que você vai querer lembrar em seus 7 minutos, e talvez essa deva ser a nossa maior busca diária.
E se, para além do fazer e do ter, a verdadeira responsabilidade estiver em cuidar do ser que construimos a partir desta descoberta?
Comece com o simples
Ainda dá tempo de olhar para o simples e vivê-lo e você pode começar hoje por
- Um café tomado olhando nos olhos
- Um “tô com saudade” enviado sem motivo
- Um elogio sincero
- Um gesto feito por puro amor
Cuidar do ser social é sair da critica, do julgamento e do controle.
Conclusão: cuidar do ser social é construir uma memória que floresce
No fim, o que permanece na memória é aquilo que você rega com delicadeza — dia após dia.
São as pequenas novidades que você permite viver, o sorriso que insiste em nascer mesmo quando tudo parece desabar, a entrega sem reservas, o fazer bem feito com o coração inteiro… e aquela fé silenciosa no universo das infinitas possibilidades.
Pode parecer uma conversa séria demais, eu sei.
Mas é ela que, vez ou outra, nos convida a imaginar:
Quais seriam os seus 7 minutos finais?
Talvez isso só aconteça daqui a muito tempo — e eu desejo, de verdade, que seja assim.
Mas a verdade é que esse é um assunto necessário. Porque é a única certeza que temos…
E talvez, justamente por isso, seja o que mais nos ensina a viver.
Eu fico por aqui e te deixo por ai com esta pulguinha atrás da sua orelha.
Envie este texto para quem você quer bem e que você queira compartilhar sobre o assunto de forma leve e delicada.
Te vejo no próximo artigo, se cuida e fica com Deus.😘
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