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Olá Menininha 👧
Espero que você esteja preparada para conversa de hoje, porque ela vai trazer um ponto de inflexão surpreendente sobre o a Ansiedade e Autocuidado.
Velas aromáticas, banhos demorados… Em um mundo que nos deixou exaustas, a relação entre ansiedade e autocuidado se tornou o centro das nossas buscas por paz. E isso é maravilhoso.

Mas essa busca por alívio não surgiu do nada.
Você sabia que, segundo a OMS, o Brasil é considerado um dos países mais ansiosos do mundo?
Oms – Organização mundial da saúde
Isso mostra o quão desafiador é o cenário atual da nossa saúde mental.
Nós vivemos em um estado de alerta, com a mente a mil por hora, tentando equilibrar pratos que parecem pesados demais.
Não é de se espantar, portanto, que a gente se sinta exausta.
E é por isso que, como terapeuta, eu te faço a pergunta que ecoa no meu consultório: e quando, mesmo depois do banho relaxante, a angústia volta? E quando, mesmo com a casa organizada, a sua mente continua um caos?
Se você se sente assim, saiba que não está falhando. Você apenas descobriu uma verdade profunda que o mercado de bem-estar nem sempre nos conta. E neste artigo, vamos conversar sobre a diferença crucial entre alívio e cura.



A Epidemia da Ansiedade e a Promessa do Mercado de Bem-Estar
A nossa realidade é inegável: estamos doentes de alma. A pressão para sermos mães, profissionais e parceiras perfeitas nos adoeceu coletivamente, transformando a ansiedade e o esgotamento em companheiros constantes da mulher moderna.
Diante dessa epidemia silenciosa, um mercado gigantesco floresceu: o mercado de wellness (bem-estar). Ele movimenta bilhões de dólares anualmente, nos oferecendo aplicativos de meditação, suplementos, retiros e uma infinidade de produtos que prometem nos trazer paz e melhorar nossa performance e saúde.
E não há nada de errado com isso. Essas ferramentas são maravilhosas e podem, sim, colaborar imensamente. Elas são como um remédio para a febre: aliviam o sintoma, baixam a temperatura e nos dão fôlego para continuar.
Mas aqui está a pergunta fundamental: se estamos investindo tanto em bem-estar, por que continuamos tão ansiosas e perdidas?

A resposta é porque, muitas vezes, estamos apenas tratando os sintomas, não a causa.
O mercado de wellness é excelente para nos ajudar a gerenciar o estresse, mas a forma como a ansiedade e autocuidado são tratados de maneira superficial pode nos manter presas no ciclo de alívio sem cura e com:
- A culpa persistente que aparece logo depois que você decide descansar.
- A dificuldade crônica de dizer “não” e estabelecer limites saudáveis.
- O ciclo de autossabotagem que sempre te leva de volta ao ponto de esgotamento.
- A sensação de vazio interior que nenhum produto novo consegue preencher.
Se você se identifica com isso, é hora de entender que, para além de gerenciar os sintomas, você merece tratar a “infecção”: as crenças e os padrões que alimentam a sua amnésia da felicidade. É preciso olhar para as feridas que vivem sob a superfície.
O Papel da Terapia: A Bússola Para Navegar na Sua Paisagem Interior
É aqui que a jornada terapêutica entra como uma poderosa aliada. Se o autocuidado é o barco que te mantém à tona, a terapia é a bússola e o mapa que te mostram a direção.
Como terapeuta em formação na abordagem junguiana, vejo a terapia não como um lugar para “consertar” o que está quebrado, mas como um espaço sagrado para se reencontrar com o que é verdadeiro. É um processo de três grandes atos:
1. A Terapia como Espelho Honesto
No consultório, criamos um ambiente livre de julgamentos, onde você pode finalmente tirar as máscaras que usa no mundo. A terapia funciona como um espelho compassivo que te ajuda a enxergar as partes de si mesma que você normalmente evita: suas sombras, seus medos mais profundos, suas inseguranças. Olhar para isso não é fácil, mas é o único caminho para a verdadeira integração e autoaceitação.

2. A Terapia como Laboratório de Vida
O espaço terapêutico é um “laboratório” seguro para você treinar novas formas de ser e se comunicar. É onde você pode “ensaiar” dizer aquele “não” difícil, expressar uma mágoa antiga ou testar uma nova forma de se ver. Você pratica em segurança, comigo ao seu lado, para depois levar essa nova versão de si mesma, mais forte e confiante, para o palco da sua vida real.

3. A Terapia como Mapeamento da Alma
A transformação não pode ficar contida em uma hora por semana. É por isso que, no meu trabalho, a jornada continua com o “Mapa da Alma” – a sua prescrição terapêutica. Após cada encontro, eu preparo um guia com os insights que tivemos, reflexões e práticas para você integrar as descobertas no seu dia a dia. A consciência que ganhamos na sessão, quando unida à ação prática da semana, é o que gera uma mudança real e duradoura.
Como Saber se a Terapia é o Próximo Passo Para Você?
A decisão de iniciar um processo terapêutico é muito pessoal. Mas existem alguns sinais de que você pode estar pronta para pegar a sua bússola.
Responda com sinceridade para si mesma:
- Você já investe em autocuidado, mas a sensação de alívio parece durar pouco?
- Você se vê repetindo os mesmos padrões em seus relacionamentos ou carreira?
- Você se sente cronicamente perdida, sem um senso claro de quem você é além dos seus papéis de mãe, esposa ou profissional?
- Você luta para entender a origem dos seus sentimentos mais intensos, como raiva, tristeza ou ansiedade?
- Você sente que há “algo mais”, um potencial adormecido dentro de você, mas não sabe como acessá-lo?
Se você respondeu “sim” a algumas dessas perguntas, talvez a terapia te ensine a navegar, a ler as estrelas e a assumir o leme. É a peça que faltava na sua jornada com ansiedade e autocuidado.
“Ninguém se ilumina fantasiando figuras de luz, mas tornando consciente a sua escuridão.”
carl jung
Em um mundo que nos adoece com a pressa e depois nos vende o alívio rápido, escolher a terapia é um ato de rebeldia, de resistência e profundo amor-próprio.
É reconhecer que você merece mais do que apenas “gerenciar” seu cansaço. Você merece entender e curar a raiz dele.
O autocuidado te mantém à tona. A terapia te ensina a navegar e a escolher o seu próprio destino.

Iniciar uma terapia não é um atestado de fraqueza. Pelo contrário, é um dos maiores atos de força e coragem que uma mulher pode se dar. É dizer ao mundo, e a si mesma: “Eu estou pronta para me levar a sério.”
Se você sentiu o chamado e quer saber mais sobre como a minha Jornada de Resgate da Identidade pode te ajudar, eu te convido a conhecer meu trabalho mais de perto.
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